O que faz um bom artista?

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Essa pergunta serve como locomotiva na jornada de construção e avaliação artística.
Jornada que, de modo particular e subjetivo, vai se construindo de acordo com o esforço e mérito de cada um. 
 
Acompanhar a jornada de Fernando Sawaya aka Cazé, é observar a capacidade humana de construção e re-costrução. Cazé se assume responsável pelo desbravamento da sua estrada. Cria, desmonta e re-cria, atento e sensível, cada etapa do seu caminhar. 

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Mas afinal, o que significa ser um bom artista? Seria a sua capacidade de evolução estética? Ou talvez sua coerência narrativa? Ou seria então a sua capacidade de cativar o público?

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Quando paramos para observar o ser humano que esse artista é, salta ao olhar a maneira com a qual ele se permite evoluir, ao mesmo tempo que não se acomoda e usa suas dúvidas como motivação. Multifacetado e didático, Cazé se tornou nome conhecido no Rio, se tornando força motriz na movimentação da produção artística na cidade. 

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Caze é fruto da geração contemporânea de artistas urbanos cariocas e teve em seus pioneiros mestres e inspiração. Se apropriando, acompanhando e apoiando o contínuo desenvolvimento da cena da arte urbana nacional, ele ativamente escolhe ir além, não só reavaliando o seu próprio pintar e desenvolvendo novas técnicas, mas também questionando a comunidade artística, promovendo encontros e debates, refletindo porquês e comos. É esse olhar amplo e crítico que o permite transitar em diferentes ambientes e camadas sociais, saindo do eixo Zona Sul do Rio e indo até as reais origens desse movimento artístico que vai muito além das zonas mais populares de uma cidade.

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Um bom artista é aquele humano conectado não só consigo, mas também com seu mundo, sua comunidade, seu entorno. É aquele que sabe tirar proveito de sua habilidade de criação para dar voz às causas e instigar pensamento crítico. É aquele que pega tudo que tem de si e oferta para o mundo, esse é o Cazé.